Com Postais assim...

como é que Portugal não tem 20 milhões de turistas por ano, ou pelo menos 20 milhões de homens turistas por ano...

E viva o sono...

Ontem só resisti a 45 minutos do jogo do Benfica para a pré eliminatória da liga dos campeões frente ao Copenhaga, esse colosso do futebol europeu. Mal findou a primeira parte adormeci, e ainda bem, assim fui poupado a mais 45 minutos de sofrimento. Valha-nos o resultado, porque a exibição, pelo menos na primeira parte...medo...muito medo...

Aldeia...

Gosto da aldeia, gosto das pessoas da aldeia, da simplicidade e da humildade de quem nada tem e tudo partilha, gosto muito da boa comida caseira da aldeia, da broa cozida no forno, dos enchidos caseiros, gosto dos almoços e jantares de família, das histórias dos avós e dos tios, gosto de rever os familiares que não se vê a muito tempo. Gosto da festa da aldeia, dos bolos da festa, do fogo de artifício que junta a aldeia no adro da capela. Gosto que toda a gente me conheça não pelo meu nome, mas sim por o neto da Sra e do Sr lá da aldeia. Também gosto das cidades, mas agora acho que gosto mais da aldeia...

O que há em mim é sobretudo cansaço!!!!!

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

Será que era este o reforço que faltava!!??

Não me parece que seja, apesar de gostar do estilo de Camacho.
O que falta é uma equipa equilibrada, uma direcção forte e reforços que sejam realmente precisos. E que tal começarmos por um central e dois médios centro, de preferência que não sejam de qualidade duvidosa.
O Fernado Santos não é de certeza o melhor treinador do mundo, mas também não é de certeza o único responsável por esta bandalheira que se tornou o Benfica neste início de época...

Miguel Torga

Se fosse vivo fazia hoje 100 anos um dos nomes maiores da literatura portuguesa, alguém que soube viver á frente do seu tempo, que lutou contra o regime com a sua escrita e com o seu livre pensamento. Presidiu á primeira reunião do órgão regional do Centro do Partido Socialista. Esclarece que não é filiado, e que o faz na qualidade de homem socialista que sempre foi.
Falo de Adolfo Correia da Rocha, mais conhecido por MIGUEL TORGA, não foi ao acaso que escolheu Torga como pseudónimo, Torga, ou urze, planta bravia, humilde, espontânea e com o seu habitat no chão agreste por todo o Portugal, mas particularmente nas serranias do norte.
Nasceu em S.Martinho de Anta, concelho de Sabrosa, Trás-os-Montes, filho de gente humilde do campo. Estudou medicina em Coimbra, e ai permaneceu toda a sua vida, mas nunca se desligou das origens. Fazia regulares visitas a família, e descreveu a paisagem transmontana como ninguém, sendo estes dois dos seus grandes amores, a família e Trás-os-Montes.
Um apaixonado pelos monumentos do nosso país e principalmente pelos monumentos arqueológicos de Trás-os-Montes que conhecia muito bem e aos quais várias vezes se referiu nos seus Diários.
Era um poeta da natureza e das pessoas.

Em jeito de homenagem deixo aqui o poema pelo qual contactei pela primeira vez com a escrita de Torga.

Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...

RUBRICA - G'anda Filme

É uma história de amor entre duas pessoas muito neuróticas. Jerry Falk é um aspirante a escritor que vive em Nova Iorque e que está habituado a uma vida sem surpresas. Um dia apaixona-se à primeira vista por uma jovem mulher emancipada chamada Amanda. E rapidamente descobre que afinal a vida (com a imprevisível Amanda) pode ser uma verdadeira caixinha de surpresas.

Carlos Paredes...

Porque há algo de mágico...