segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

sábado, 22 de dezembro de 2007

Vai uma passa...?

Estamos apenas a nove dias da entrada em vigor da lei que proibe fumar em espaços públicos fechados. Desde já informo que não concordo com a lei, não que não concorde com o seu fim, com o objectivo a que se propõe, não estou de acordo sim, com a radicalidade dos meios.

Vou deixar-vos um texto de uma pessoa com a qual a maior parte das vezes não concordo...discordo até veemente...não gosto mesmo nada, incomoda-me até saber que ele existe.
Mas este texto reflecte tudo o que penso sobre a temática do tabaco... Digamos que é a excepção a regra na concordância que tenho, ou melhor que não tenho com este senhor.


Os benefícios do tabaco


"Viver sem fumar é como escrever sem pontuação. Pelo menos, para mim. A pequena cerimónia de acender um cigarro marca um "tempo": o princípio do dia, o princípio do trabalho, cada intervalo ou cada distracção, o alívio (ou o prazer) de acabar qualquer coisa, o almoço (quando almoço), o jantar (quando janto), o fim do dia, antes de fechar a luz, como um ponto parágrafo. O cigarro divide, acentua, encoraja, consola. Abre e fecha. É uma estação e uma recapitulação. "Já cheguei aqui. Falta ainda isto, isto e aquilo". Nas poucas vezes que tentei não fumar, tinha um sentimento de desordem, de arbitrariedade, de não saber passar de uma frase a outra ou de um capítulo ao capítulo seguinte. Os fumadores, se repararem bem, não fumam ao acaso; fumam com ritmo.

O cigarro também é uma companhia. Sobretudo para quem trabalha sozinho. A maior parte das pessoas vai falando, pouco ou muito, durante o trabalho. Por necessidade ou por gozo próprio. Do "serviço" à intriga, há milhares de oportunidades para o grande e simpático exercício de conhecer o próximo: para gostar dele ou para o detestar, para o observar, o comentar ou o intrigar. De porta fechada, à frente de um computador ou de um livro, não há nada à volta. Aí o cigarro ajuda. É um fiel amigo: a pausa que torna o resto tolerável. E que, além disso, recompensa uma boa ideia ou manifesta o entusiasmo ou a execração pelo que se leu. Com quem se pode conversar senão com o cigarro? De certa maneira, o cigarro substitui a humanidade; e não me obriguem a fazer analogias. Mas, principalmente, fumar serve para pensar. Quando, a ler ou a escrever, paro a meio de uma página, porque me perdi num argumento ou não consigo imaginar como se continua, pego num cigarro e penso. Não me levanto, não me agito, não abro a boca, não me distraio. Fumo e procuro com paciência a asneira. O cigarro concentra e acalma. Restabelece, por assim dizer, a normalidade.

E este efeito "normalizador" é com certeza uma das suas maiores virtudes. Não comecei a fumar para ser adulto ou "viril". Comecei a fumar porque sou horrorosamente tímido e porque o cigarro é com certeza a maior defesa dos tímidos. Primeiro, porque ocupa as mãos e simula um arzinho de à-vontade. E, segundo, porque esconde e protege ou cria a ilusão de que esconde e protege. Por detrás de um cigarro, o mundo parece mais seguro. Mesmo se andam por aí a garantir que não."

Vasco Pulido Valente, in Público - 28.06.2007

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Espiírito natalício



Queria dar presentes a muita gente. Alguns seriam presentes envenenados, mas não deixavam de ser presentes, afinal é esse o espírito do natal. O de dar.


"Pode ser que nos guie uma ilusão; a consciência, porém, é que nos não guia."

"Livro do Desassossego" de Fernando Pessoa

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Aflições

Ir trabalhar de manhã cedo com o frio que está, digamos, que não é motivador... Chegar ao local de trabalho e ainda ter de levar com a música do João Pedro Pais e do Paulo Gonzo não é agradável e chateia e não ajuda a começar bem o dia.
Vejam lá isso...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007






Noticia do Público de ontem

"O orçamento da Madeira para 2008, que começa hoje a ser debatido, inclui dezenas de obras já inauguradas por Alberto João Jardim na última campanha eleitoral. Algumas dessas obras foram inauguradas, mas não estão em funcionamento, e há também empreendimentos edificados em terrenos que só agora estão a ser expropriados. Jardim no seu melhor."

Posto isto... mão no ar quem deseje a independência da Madeira!

sábado, 8 de dezembro de 2007

Mudanças...

No outro dia ia eu apanhar o comboio para o Porto e quando chego a estação esta uma senhora á minha frente para tirar bilhete numa daquelas máquinas automáticas que há nas estações. Até aqui tudo normal. Depois reparo que a senhora esta num grupo com mais sete pessoas. Ela esta a tirar os bilhtes para o grupo todo...normal...mas um a um...faltavam dois minutos para o comboio. Atrás de mim a fila já se alongava. Tentei ajudar a senhora e dizer-lhe que podia tirar todos os bilhetes ao mesmo tempo...
Resposta da senhora:
- " Cada um faz como sabe, eu aprendi assim tiro assim..."

Eu consegui apanhar o comboio mesmo a certa, ja o resto da fila, duvido...

domingo, 2 de dezembro de 2007