sábado, 22 de novembro de 2008

Reminiscências

Como se nada fosse, assim mesmo, como se nada fosse.
Os dois sentados num banco da velha estação de comboios.
Juntos, muito juntos, a noite tinha ficado fria e os nossos corpos entrelaçados aqueciam-se. A praça em frente estava vazia, a única companhia que tínhamos era das folhas das árvores, que sem medo se iam aproximando de nós ao sabor do vento, que as trazia.
As malas estavam aos nossos pés.
O relógio da estação marcava rapidamente o aproximar da despedida.

Despedimo-nos.

Com a janela do comboio a servir de moldura.
Como se nada fosse, assim mesmo, como se nada fosse.
Estremeceste-me o lado esquerdo.

2 comentários:

Rui Filipe disse...

Excelente texto.

Rui Filipe disse...

Já sabia que és um tipo alto, loiro, charmoso, com bons pés p´ra bola e com um cabelo bonito, mas que escreves bem, muito bem é novidade!!!